terça-feira, dezembro 01, 2009

Marcas antigas transformam-se em sofisticadas

O sucesso (mais do que justificado) da série conta-me como foi, a loucura à volta da caderneta de cromos que o Nuno Markl começou há duas semanas atrás são dois exemplos. Vejam o volume do negócio e a projecção que estão a fazer para o ano que vem.

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No seu tempo, os sabonetes Confiança, o Leite de Colónia, o creme Benamor, o restaurador Olex, os automóveis MINI e as motas Vespa tinham preços baratos e dirigiam-se a classes sociais baixas. Nos tempos que correm, esses produtos "passaram a ser sofisticados".

Lisboa, 01 Dez (Lusa) - "Para a beleza realçar" é parte do jingle que muitos portugueses voltarão a trautear. É o que espera, pelo menos, quem relançou o cosmético. Para os consumidores é revivalismo, para as empresas uma oportunidade de capitalizar o valor das marcas e exportar.

Numa loja recentemente inaugurada no Porto, José Fernandes encontrou os brinquedos da sua infância, "que eram os mais baratos que existiam na altura". E nessa lista entram os carrinhos de folhetas e o "velho pião".

A directora de produção do Programa Conta-me Como Foi, da RTP, afirma que o revivalismo também é um "fenómeno de moda", nas casas e no vestuário. "Agora o antigo é engraçado. Depois há alturas em que o hiper-moderno e o design também o é", refere Cristina Soares.

Quando em 2006 começou a preparar o programa televisivo que acompanha o quotidiano social e político entre os anos 1960 e 1974, Cristina Soares já notava alguns sinais de revivalismo, até na recuperação da carreira do músico José Cid (intérprete do genérico).

Mas admite que, se calhar o sucesso e o "carinho" pela série promoveram mais anúncios publicitários a "parecer antigos" e a simpatia pelos tachos esmaltados.


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