São fotografias sugestivas, a roçar o erótico, dispostas com pequenos textos, mas que não passam esse limite. Os textos idem.
Algumas, se não olharmos para a data, imagino-as fotografadas agora - fotografias dos anos 20, 40. Todo o livro é a preto e branco. Acho aqui algumas irresistíveis.
Estas duas não são as mais interessantes, mas na net encontrei apenas isto.
Ao fim de semanas de ansiedade, chegava o dia. E a rapariga também, no último momento. Exactamente quando tudo parecia correr bem, quando só faltava - para que? - uma palavra, um olhar, um gesto, descobríamos, desalentados, que estávamos mudos, que os nossos pés se encontravam pregados no mesmo lugar, desde o instante em que entrávamos na sala.
Podia acontecer, que uma vez, ao longo de toda a noite, a bem amada nos desse uma prova de atenção. Aproximar-se dela, aflorar-lhe a saia, respirar o perfume do seu hálito, que proeza difícil, que feito monumenal! Outros pareciam mover-se com à-vontade, livremente.
Mesmo que ele nunca mais a torne a vê-la, é livre de pensar nela, de lhe falar em sonho, de amar, de a amar de longe, de a amar para todo o sempre. Henry Miller
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Ajuda-me a desapertar os botões.
O meu corpo é
o único vestuário
Que poderei talvez
usar. Siv Cedering